Na ONU, Nicki Minaj denuncia perseguição a cristãos na Nigéria: ‘Eles são alvo’
- 19/11/2025

A estrela do rap Nicki Minaj usou o palco das Nações Unidas para chamar a atenção mundial à perseguição de cristãos na Nigéria.
Em um painel realizado pela missão dos EUA junto à ONU, ela fez parceria com o embaixador americano para a organização, Mike Waltz, para denunciar o que classificaram como uma violação sistemática de direitos humanos na nação africana.
Minaj, nascida em Trinidad e Tobago, explicou que participou do evento “Combatendo a Violência Religiosa e o Assassinato de Cristãos na Nigéria” com o objetivo de “se manifestar contra a injustiça e defender pessoas perseguidas por suas crenças.”
Durante o discurso, ela afirmou com ênfase:
“Na Nigéria, os cristãos estão sendo alvo, expulsos de suas casas e mortos. Igrejas foram incendiadas. Famílias foram destruídas e comunidades inteiras vivem constantemente com medo, simplesmente por causa da forma como oram.”
‘Não é sobre política’
Em seguida, Minaj dirigiu-se aos seus fãs – que ela chama de “Barbz” – para reforçar que não se trata de política partidária, e sim de princípio:
“Barbz, eu sei que vocês estão aí ouvindo. Eu amo vocês profundamente. Vocês têm sido a maior luz da minha vida e da minha carreira por tanto tempo. Eu sou grata a vocês e quero deixar muito claro – mais uma vez – que isso não é sobre tomar partido. É sobre se posicionar diante da injustiça. É sobre aquilo que sempre defendi em toda a minha carreira. E continuarei defendendo isso pelo resto da minha vida. Eu me importarei se qualquer pessoa, em qualquer lugar, estiver sendo perseguida por suas crenças.”
Já o embaixador Waltz qualificou a situação como:
“Há um conjunto de evidências – e vocês ouvirão isso de nossos especialistas hoje – que retrata um cenário muito sombrio de sofrimento desproporcional entre os cristãos, onde, novamente, famílias são destruídas, líderes religiosos são repetidamente assassinados e congregações inteiras, igrejas inteiras, são alvo desses ataques.”
“Pessoal, nós temos uma fé inteira que está sendo apagada. Uma bala de cada vez, uma Bíblia queimada de cada vez.”
'Genocídio'
Waltz foi além ao usar o termo “genocídio usando a máscara do caos” para descrever os ataques direcionados a cristãos na Nigéria.
A iniciativa ocorre em meio a declarações recentes do ex-presidente Donald Trump, que em uma postagem na plataforma Truth Social ameaçou enviar tropas americanas para “entrar atirando” para “eliminar completamente os terroristas islâmicos que estão cometendo essas atrocidades horríveis” no país africano.
Em resposta, o presidente nigeriano Bola Tinubu afirmou que o governo “tem trabalhado com líderes cristãos e muçulmanos para enfrentar desafios de segurança que afetam cidadãos de todas as fés e regiões.”
Ele também declarou que “a caracterização da Nigéria como religiosamente intolerante não reflete nossa realidade nacional, nem considera os esforços consistentes e sinceros do governo para salvaguardar a liberdade de religião e crença para todos os nigerianos.”
Segundo a organização cristã internacional Portas Abertas, as invasões e ataques são mais comuns nos estados muçulmanos da região norte da Nigéria – embora já se espalhem para o chamado “Cinturão Central” e regiões mais ao sul.
Os alvos são frequentemente cristãos submetidos a violência sexual, assassinatos de líderes religiosos e destruição de igrejas, por grupos militantes islâmicos como Boko Haram e combatentes Fulani.















